quarta-feira, 12 de maio de 2021

Sobressalto

Enrijeço, à espera da febre

Com as janelas aflitas para o que há de vir

E a ti, em sombra, rabisco no papel

De olhos bem abertos, a me fitar

Com seu sorriso magro, com sua doçura

E sua antítese, o silêncio. Que retumba.

Que me trancou há um mês.

Que engoliu as chaves.

Daqui da alma.

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