Nosso amor foi assim
Breque em calda a cada dia
Xarope de milho, meus dedos em sua boca
E o silêncio que em ti me calou
Que me travou os pés e dedilhou
As cálidas e precoces costas nuas
Que tanto deitei e vi
Diz que ainda está entre nós
Urge a plaga que cavou aqui no meu peito
Diz que nada mais há entre nós
Ama, aflita, com o nó na garganta
Encosta aqui, teu barco ainda é meu
Uma vez mais me traz o que é tão seu
Árvores sem copa, mas cheias de frutos caídos
Mortes em vida, flores secas
Ontem, hoje e sempre minha
Vívida aqui em cada ato
Outrossim, sei que ainda estou aí
Cabreiro, mas perene
Em cada pôr do sol, onde relembro o São Francisco.
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