domingo, 20 de julho de 2025

Piso frio

Já tem dias que morri

Nada percorre, sinapse 

Eletricidade em silêncio fúnebre

E tuas marcas de unhas aqui

Minha causa mortis, em minhas costas

Marcas que o tempo apagou

Lascas que se juntaram à carne

E sobrevivem, pele com a minha, neste tempo em que me apago

Nada fez sentido, se a lógica se impõe

Prefiro desafiar a ótica

Tenho andado arruinado, descrente, sem nada a porvir

O ódio fabricado nos descompassou

Ceifou a esperança na capa preta do silente

Seu desvio e farsa

Meu túmulo em vida.

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