sábado, 2 de outubro de 2021

Alouette

Tenho andado apressado

E carcomido os meus botões 

Com a voz que bate no esterno

E me manda correr até lá 

É voz que inflama a alma

E me faz depor contra mim:

Sorrir debruçado sobre a dor?

Já sofremos demais por agora

É hora de viver sem mais piques

Sem o estouro da boiada, piamente

Como uma cotovia que espera a outra

No compasso de um samba sincopado

Em um bailar de sombras intermitentes

Com você a tomar tudo de mim

Enquanto navego em mar bravio


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