terça-feira, 20 de maio de 2025

Párnaso fecundo

Gélido cálice que virou meu peito

Que encosta na sacada quente

Abrasada pelo sol outonal

E abraça minhas próprias costas, com unhas vãs

Fahrenheit


Tanto tempo, dois anos

Deselance, blefes, bravos

Seu aplauso para o meu desvanecer

E todo o resto, a canoa, o horizonte


Tenho remado sozinho, meio troncho

No reino de oitocentos dias atrás

Preso a você, a tudo que fui

Em um poço de piche


Sem fé.

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