Te encontrei na esquina fria
Das noites tão breves, excitantes
E vi no teu olhar em tom musgo
O saber de quem me devorou
Você soube ver nos meus olhos, chocolate
A peça que me faltava, minha válvula
Meu pedal, meus botões, suas mãos
Fui um homem de lata sem coração
Você me pôs em meu lugar
Aqui, nas cobertas, sozinho a te esperar
A nado, bem longe, tão perto assim
A me espreitar de olhos bem fechados
Sou seu melhor molho, o seu empapuçar
E nunca me esqueci de quem eu sou
Sua metade perdida, sua aberta ferida
Seu, mesmo que o mundo me diga o contrário
A revirar calendário, a te esperar tanto assim...
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