quarta-feira, 23 de junho de 2021

Diário de uma barba mal feita

Tenho varado madrugadas

A ver seus pés distantes

Seu sorriso cheio de dentes

Seus cabelos, que acastanharam


A ouvir sua voz, rouxinol

Seu nó aqui no peito

Meu beijo proibido, abandonado

E minhas mãos queimadas de frio


Tenho varado madrugadas

Estafado, cheio de dedos

A ouvir suas novas certezas

Sem conseguir te descolar daqui

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