Desviei na esquina fria, em verbo, no sobressalto de quem viu sua sombra, incandescente como o fogo-fátuo, emanada do terreno pantanoso das incertezas que habitam os corações de quem tem pressa. Quis correr atrás, e segurar com minhas mãos aquela chama azul, que bailava na beira de um rio caudaloso em meio ao matagal. Era a chama do perigo. Tenho te guardado no bolso do paletó, como uma lavanda de lapela. A face mais cândida, que inflama o meu abrigo, que me traz a paz em meio a tudo o que desmorona à minha volta. O fogo-fátuo e a lavanda de lapela. As duas faces de quem me faz descer, correndo, a íngreme ladeira. Meu perigo, minha paz. Uma só alma.
sábado, 26 de junho de 2021
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