Meu horizonte é verde, meio acinzentado. Tem raios vermelhos de sol, onde tudo é muito branco e róseo. Tem as cores que não mais tingi, da minha vida desbotada, tão fora do tom. Tem o aperto em um banco de pedra, tem as preces para te esquecer. Meu horizonte tem o pecado rasgado das tuas formas, tem o desvanecer da tua voz, ao pé do meu ouvido ou bem distante, a se despedir, a escapar pelas minhas mãos. Meu horizonte tem a negrura dos meus dias sem você, e o brilho dos seus olhos, cravados no meu peito, olhos que percorri com os meus, dentes que me sorriram, tantos em tão pouco espaço que pareciam refletir toda a alegria do mundo. Ao seu lado, estou de luto, procurando o seu perfume no meu pulso. Que ainda pulsa. Pelo que fomos. Para que a dor parta daqui. Pelos seus raios de sol que me dão sentido.
sexta-feira, 16 de julho de 2021
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