Dormi a tarde inteira
Esperando a febre que não veio
É só um resfriado
Fruto da friagem e do percalço
Senti seu abraço me envolver
No sonho, calado, profanado
Do qual sorriu e se afastou
Ao dizer que bem depois pra mim voltava
E avistei uma pilha de louças
Esperando por minhas mãos
E minhas unhas, que te tocaram
Querendo a poda
É preciso levantar
E enxugar o pranto
Para te ter, serena
Em meu pensamento
De volta, pra mim, como um par de olhos esguios
Verdes chamas do meu amor sofrido
Meu fio de prumo, meu ponto futuro.
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