sábado, 24 de julho de 2021

Insônia indômita

A memória, encruada

Não sai sequer ao quinto banho

É a lógica perdida das cambraias

Que envolveram nossos segredos

E percorreram nosso corpo, sem medo

Na lembrança do que foi mais desejado

E agora, à lua cheia

São páginas abertas de um diário

De quase três anos de escrita

Onde, solitário, meu pranto derramo

Sem que nem eu mesmo possa ver

Para poder te esperar de braços abertos


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