domingo, 25 de julho de 2021

Alguma coisa

O tremor das madrugadas

Vive da partilha do desamparo

Dos braços que se desbraçaram

Das mãos que se desabusaram

Dos olhos que, distintos, correm às vistas

Das flores dos segredos decantados

Hoje, tudo em mim fala muito

No silêncio de quem grita encaixotado

Tudo em mim me diz, gutural

No oco do meu peito que ainda bate

Que o silêncio do seu caminho

É minha certeza pregada na parede

Não sei mais viver sem você.


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