Jogou-me ao vento
Ao vértice frágil do desmontar
Ao ver-me, ressabiado, expiar
Meus pecados no parvor de quem chorou a noite inteira
Nas lágrimas que me lavaram a face
Nos teus olhos refletidos nos meus
Em nosso sorriso colado, em nossos narizes
No esfregar das nossas almas perdidas
A lembrar-te, louco, uma semana atrás
Em meus braços, a me marcar com teu perfume
Para agora ser só lembrança...
Para ser um grão de areia esvoaçante no seu peito...
E sem saber, se meu defeito
Foi amar-te demais ou descolar da tua mão
Se foi beijar-te de menos, se foi expor de menos minha quentura
Sou, agora, nova criatura. Segurando sozinho nossas iniciais.
Vendo nosso balão subir.
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