sábado, 14 de agosto de 2021

Caso concreto

A verdade que se movimenta como locomotiva nesta rotunda

É a velha certeza dos versos esmaecidos:

Para todos os lados, um par de olhos

Que me espreitam de volta e se escondem atrás da lona

Como se eu já não fosse mais nada

Um sapo, após quatro dias atrás

Um sátrapa, talvez

Soberano de um coração que decidiu se censurar

Entrementes, também escravo

Com grilhões floridos e uma mordaça de cetim

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