Tenho dormido muito
E chorado até adormecer
Abraçado os cães de rua
E sorvido as sarjetas
À procura de um alento
Que é rotundo aqui dentro
Onde o mal espaireceu
E o bem se embananou
Sóbrio, enfrento a sorte
Entorpecido pela morte em vida
De quem perdeu a felicidade no rolar dos dados
E guardou o brilho do olhar no fundo do armário
Pra te esperar, como um milagre
Na dobradura, no origami da alma
Que reverta tanta dor
E nos reaproxime, em beijo
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