segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Rebotalho de mim mesmo

Escorei minhas vestes nuas na tua maçaneta

E me envolvi de dores estomacais

Para ver subir, refluxo

A acidez das promessas de eternidade

E lembrei, nesta nossa efeméride

Que dois anos atrás eram só flores

Contidas nas frases mudas

De quem pensava sem dizer

E envolvia, no par de olhares, tantos sonhos

Sonhos que esbocei em um cartão

Para quem, proibido, me estendi

E esbarrei no alívio para colher tempestade

A mais doce de todas as tormentas...

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