Escorei minhas vestes nuas na tua maçaneta
E me envolvi de dores estomacais
Para ver subir, refluxo
A acidez das promessas de eternidade
E lembrei, nesta nossa efeméride
Que dois anos atrás eram só flores
Contidas nas frases mudas
De quem pensava sem dizer
E envolvia, no par de olhares, tantos sonhos
Sonhos que esbocei em um cartão
Para quem, proibido, me estendi
E esbarrei no alívio para colher tempestade
A mais doce de todas as tormentas...
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