quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Amigo da Madrugada
Mão na fita, pano rápido. O velho colega virou estátua ao lado do "dedo-duro" da Rádio MEC. "Se vocês querem saber quem eu sou... eu sou a tal mineira...". Versos fortes, antigos brados. "Olha ela aí", disparei com um sorriso constrangido. O enamorado, com quem trocara duas ou três palavras até ali, embevecido, enxugou as lágrimas sobre as bolsas do tempo, retornou o sorriso, fez ar de quem concordava e apontou para o céu. Ela o deixara, muitos anos atrás. Procurou um amor de esquina, não menos brilhante, e com ele passou o resto de seus dias. Mas, no coração apaixonado, o olhar perdido de quem foi embora era retumbante o suficiente para arrancar cada lágrima. Ficamos ali, abraçados, a ouvir a voz da amada como dois amigos de longa data. E é possível resistir?
Sabiá, que falta faz sua alegria
Sem você, meu canto agora é só melancolia...
Canta, meu sabiá, voa meu sabiá
Adeus, meu sabiá... até um dia!
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Estribilho
Quero que saibas que a clava funda
Amarga, esfrega, refrega a luta
Esboça, estraga, desgraça a fuga
Me mostra, enlaça, desbraga a turba
E cala os dedos tolos, de vozes vãs
Escala a flor perdida, doce hortelã
Esmaga o teu sumo, sai do teu prumo
Vê tua voz desfalecer
E crê, finada, que perdeu teu rumo
Pois sente a dor do ressoar profundo
Profana o corpo, devasta o teu futuro
E mostra, insana: tão bela quanto amei
Exala o som do teu bem mais puro
E traga a gota do teu fel mais duro
Pois é triste o que se tornou
Se é viva, se te canta, como não é mais meu amor?
E afirmo: a bela que amei não mais respira
E a morte, sagrada, a minha dor inspira
Morte em vida, que escarnece
E em brasa, faz questionar:
Onde encontrarei o meu lugar?
Amarga, esfrega, refrega a luta
Esboça, estraga, desgraça a fuga
Me mostra, enlaça, desbraga a turba
E cala os dedos tolos, de vozes vãs
Escala a flor perdida, doce hortelã
Esmaga o teu sumo, sai do teu prumo
Vê tua voz desfalecer
E crê, finada, que perdeu teu rumo
Pois sente a dor do ressoar profundo
Profana o corpo, devasta o teu futuro
E mostra, insana: tão bela quanto amei
Exala o som do teu bem mais puro
E traga a gota do teu fel mais duro
Pois é triste o que se tornou
Se é viva, se te canta, como não é mais meu amor?
E afirmo: a bela que amei não mais respira
E a morte, sagrada, a minha dor inspira
Morte em vida, que escarnece
E em brasa, faz questionar:
Onde encontrarei o meu lugar?
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Debandada?
Dedicado a quem amou nos escorregões e nos contratempos, nas graças e desgraças, na morte em vida e no renascer. Dedicado a quem sofreu por amor e renasceu da vida eterna... eterna? Pois que vivamos o que sempre fomos e sejamos o que somos, step by step, na busca intermitente pela felicidade - entre cada gole d'água, lágrima de saudade ou nó na garganta, um passo adiante. A quem se entregou em nome do que há de mais sublime, tudo o que há de bom na vida a oferecer!
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