Meninos, eu vi
A flor que passava nua
A voz que clamava à rua
As preces do bem-te-vi
Meninos, eu vi
Pedaços de lata-prata
Sorrindo atrás da porta
Clamando um bom porvir
Meninos, eu vi
A lama na estrada morta
Encrava as rodas tortas
Escravo de quem não viu
Mas veja, menino amigo:
As preces que já te digo
São preces de um bom porém
As preces da bem amada
Que esperam na madrugada
As vozes que lhe acalantam
Pois ouve, a musa grega
Que amado é quem serpenteia
A espreita do que virá
E espera, tão conclamado
O beijo desabrochado
Que trouxe suas respostas
Meninos, eu vi
As preces, já atendidas
São mais que perfumarias
São reles eternidades
Contidas nas entrelinhas
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
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