Das mortes, eu levo as dores-poderes
Que fabricas em teus afazeres
Das vozes, teus tons dissonantes
Que cavam a cova profunda
E falam da voz nauseabunda
Que trago no peito calado
Espalho que a dor, tão solene
É mancha nas nódoas da lua
Mas ouve, ó deusa da rua
A minha urgência premente
Que sabe da morte que sente
E sangra meu tom, tão brilhante
Pois vivo um amor ofegante
No trem arcaico que abandonaste
Por morte, teu sonho trocaste
Em vida, teu dom me matou
Teu dom de ser tão enganada
Por vozes algozes na madrugada
Que matam sem prevalecer
Em ode ao fim que já tive
Sou prova de um tom tão atroz
Que jura o eterno a uma alma
E vela quem assassinou
No féretro, prova morta de amor
No solo, uma alma penada
domingo, 13 de maio de 2012
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