Enclausurado nas mais torpes braças de terra, em dó, desci lépido os paralelepípedos de teus braços.
E, só, decidi em fá que nunca mais divagaria sobre teus traços: Que, si, ressonaria tua voz e teus beijos apertados com o fá-fazer de quem sempre te esperou
Na ré, esperei a chuva parar de cair. Não, não poderia ser para mim. E lá, ouvi tua voz dizer teu nome, teus olhos me procurarem espertos e, incertos, contarem que já vão e que já voltam. A relva que pisei naquele dia, bailarina, é prece-colombina de quem não teme mais a morte, a má sorte ou as dores dos nãos profundos.
A chuva que já caiu para subir de novo e banhar outras mãos e pés em algum lugar do mundo, é testemunha do guarda-chuva cor-de-laranja que empunhou o desejo de eternidade presente, ali, em sol maior mesmo sob o pano cinza que nubla o Rio neste domingo.
A relva, a chuva e o sol que arde em meu peito, refletidos - graças aos céus! - em seus olhos fundos e empertigados nos fazem abrir sorrisos em um mundo de tanta dor. Gargalhemos. E olhemos para os lados: por aí afora, tem muita gente precisando ser feliz como eu sou agora. Que todos os outros, minha menina, façam de suas preces de felicidade notas musicais e de cada beijo comprido o canto apertado de quem não quer mais ver o tempo passar e, ao mesmo tempo, sonha com tudo o que há de vir.
domingo, 9 de dezembro de 2012
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