sexta-feira, 3 de abril de 2009

Epitáfio

Aqui jaz pobre alma
A quem a dor não acalma
A quem a flor não encanta
A quem o amor não aventa

Aventa a sorte que espera
E espera a morte que herda
A fina flor da quimera
Que agüenta a vida austera

Aqui jaz azar profundo
Que vê tudo de errado no Mundo
Que vê tudo perdido no fundo
Que vê algo ferido de morte

Traga à morte boa sorte
A sete palmos do findo
Pois findo é algo profundo
Pois nele foi-se esse mundo