sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Mascarada

Desnuda a farsa, encantada. Se esvai em lágrimas e pensa em prole, por instante, em torpor de riso na face, olhos que brilham e voz que escorre, tão menina, pelo canto da mente. E crê, poente, que a máscara negra de outrora é pôster em branco e preto do carnaval que se foi. "Eu sou aquele pierrô que te abraçou, que te beijou, meu amor..." a velha imagem de sempre. O bobo apaixonado, em sua côrte, corteja e goteja seus pingos de sonhos e porventuras. Insone, se escalda, se esbalda, se deleita de pêssegos em calda. E afirma, solene: há de amar só mais uma vez. Só mais uma. Que seja a última máscara a tirar e a última face a beijar.

Um comentário:

Metamorfose disse...

há de amar só mais uma vez...


Só mais uma!