sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Niilismo

Volto a tentar, nunca cessei, acredito e espero. Em passo bêbado, acalmo as feras e peço além: raio de sol, verdade absoluta, felicidade inculta. Amar novamente. Amar pela primeira vez. Crer no impossível e no insensível. Ver o toque. Me embebedar no teu perfume. Ler, dizer, cantar. Gargalhar. Denúncia forte de sonho eterno, dorme menino. Acorda rapaz. Morre o que sempre foi: apaixonado. Vive em ode a um nome de novo. Atravessa as ruas. Corre. Pára. Pede um só minuto. Implora, interpela, enclausura. Bebe mais um gole do que viu. E é. Pede a voz. Acrescenta, multiplica, destrona e volta a entregar o cetro e a coroa. Miss Brasil. Em ode niílica ao amor de agora, escarnece. Ele é o grito de amor na praia de Copacabana. É a declaração. É o primeiro da fila. Aplaude de pé. Reverencia. Pede para amar.